Viagem para África - 2010

Em 19 de agosto fui para Moçambique numa missão muito especial onde pude entrar em contato com professores e pessoas leigas de igrejas que de alguma forma trabalham na educação de crianças.
Pude estar com missionários brasileiros em Maputo - capital de Moçambique, Beira, e Chimoio.
Durante minha estada em Moçambique, dei palestra para lideres das igrejas Adventistas e também  capacitação para professores sobre metodologia do ensino através das diferentes linguagens: verbal e não verbal.
O ensino em Moçambique se divide em 10 classes. Uma a cada ano, e ao terminar a décima classe o aluno já se torna professor. Sem o menor preparo pedagógico.
A participação dos  professores foi algo fascinante e envolvente, pois muitos deles em sua infância ( na época da guerra)  nunca haviam  tido contato com  materiais escolares ( lápis de cor, giz de cera, tintas e pincéis, papeis e tesouras, giz de lousa colorido, etc.)  e  com a falta de um preparo pedagógico mais especifico, não imaginavam  os recursos pedagógicos que agora tinham em mãos.
Ao desenvolverem atividades multidisciplinares usando como ferramentas  as brincadeiras de crianças, dramatizações, fantoches e técnicas plásticas básicas, puderam perceber o quanto de potencial criativo possuíam  que não exploravam  e não aplicavam para os fins cognitivos.
Vale a pena relembrar que até hoje  as crianças não possuem acesso a  fontes de pesquisas como revistas, televisão, jornal, filmes.... e embora essa realidade muito pode dificultar o ensino, os professores moçambicanos obtiveram subsídios pedagógicos suficientes para aplicarem ao ensino aproveitando os fatores culturais muito enriquecedores  naquele local .
A viagem foi um sucesso.
Pude perceber  o quanto pude contribuir com a educação em  Moçambique .
Desde criança gosto muito de um ditado popular que diz assim:
“Há sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem  rosas”
Agora posso afirmar que minhas mãos saíram extremamente perfumadas com essa experiência. E se uma metodologia do ensino dá certo em países com  limitações  financeiras, acadêmicas e culturais, é porque algo muito especial está acontecendo no processo educativo e deve ser observado.